Monday, September 25, 2006

Pesquisas indicam hipótese de 40% ou 415 mil eleitores indecisos em Rondônia

Uma pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral-TRE/RO, Nº 2706/2006, e divulgada em alguns sites e num jornal impresso, revelou que 42,03% do total de 293 eleitores consultados na amostra estatística figuram distribuídos nas categorias “outros”, “nenhum/nulo” e “não sabe”, nos municípios Porto Velho e Candeias do Jamari, onde a Justiça Eleitoral cadastrou um total de 249.880 eleitores. Destes, 239.787 residem em Porto Velho e 10093 em Candeias do Jamari.
A projeção do percentual de 42.03%, de eleitores indecisos somados aos que votariam em branco ou nulo, nos 52 municípios de Rondônia, cujo total soma 988.631 eleitores, indica que um total superior a 415.521 eleitores, ou seja, um total superior à somatória de 309.824 votos recebidos pelo atual governador Ivo Cassol (184.085) e o ex-governador José Bianco (125.739), no segundo turno das eleições de 2002, ou seja, também maior do que os 37.88% de votos válidos que elegeram, em 2002, os senadores Fátima Cleide (PT-RO) e Valdir Raupp (PMDB-RO), com 19,92% e 17,96% dos votos válidos, respectivamente.
Recorde de votos brancos e nulos
Se as pesquisas eleitorais registradas no TRE/RO e amplamente divulgadas, e sempre questionadas por alguns partidos e candidatos, foram realizadas dentro da metodologia científica, considerando todas as variáveis, probabilidades e hipóteses, presumi-se que nas eleições do próximo domingo haverá recorde na somatória de abstenções, brancos e nulos.
Entre os fatores que devem contribuir para reduzir o número de votos válidos estão os seguintes: -o eleitor terá que digitar uma seqüência aleatória de 16 números, numa ordem invertida de cargos, ou seja, ao invés de votar em ordem decrescente, igual ao que aconteceu em eleições anteriores, será obrigado a votar primeiro nos cargos proporcionais de deputado federal e deputado estadual e depois nos majoritários: senador, governador e, por último, para presidente.
A maioria dos eleitores sabe ou lembra do nome do candidato, mas não lembra do número. Essa constatação indica erros na divulgação dos números no horário eleitoral e “marketing” da maioria dos candidatos, englobando cartazes, "banners", santinhos, placas, sites.can.br, etc. Constata-se que priorizaram mais a imagem e os nomes do que os números necessários ao voto válido nas urnas eleitorais, no próximo domingo.

Ordem de votação invertida e rol numérico dificulta votação

As dificuldades para uma votação correta ou para aumentar o número de votos válidos aumentaram “pro rata” ao aumento do número de partidos, coligações, candidatos e proibições impostas pela Justiça Eleitoral, necessárias, diria-se, para tentar coibir manipulação da vontade do eleitorado, ações delituosas contrárias à lisura do pleito, formação de curral eleitoral ou prática de aliciamento, caixa-2, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e tipicidades criminais similares, constatadas, em progressão geométrica, na maioria absoluta das eleições, ao longo da história republicana nacional, marcada por sucessivos golpes contra as liberdades e garantias fundamentais e a soberania popular.
As projeções ou hipóteses de 42% de eleitores indecisos ou que votariam em branco e nulo divulgadas nas recentes pesquisas, é o dobro do percentual constatado em Porto Velho, o maior colégio eleitoral de Rondônia, nas eleições municipais/2004.
Naquelas eleições, para o cargo de prefeito, por exemplo, quando não havia proibição para os “showmícios”, “outdoor”, trucagem e outras facilidades para reunir milhares de eleitores e apresentar propostas e divulgar as candidaturas e seus respectivos números, as abstenções e os votos brancos e nulos somaram mais de 21.90%, ou seja, 50% a menos do que a indicada na pesquisa 2706/2006, analisada, aprovada e divulgada com o aval do colendo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia. Há mais um detalhe interessante: nas eleições de 2002 e 2004, nenhum dos candidatos aos cargos majoritários teve 42% dos votos válidos. Diria-se, e talvez com relativa razão máxima, que até o final da votação, às 17 horas do próximo domingo, o resultado das eleições para os cargos proporcionais, e quem sabe até para os majoritários, é um se, e não uma certeza.




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