Thursday, November 09, 2006

Brasil melhora, mas cai uma posição no ranking do HDI

O Brasil caiu uma posição no atual ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O país recuou da 68ª colocação no ano passado para a 69ª, entre 177 países e territórios pesquisados pelo organismo.

O Pnud informa, no entanto, que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) brasileiro melhorou entre 2003 e 2004 (período da pesquisa), apesar da mudança de posicionamento na lista de países.Além disso, o Pnud esclarece que o atual estudo usa indicadores e metodologias que foram revisados e aperfeiçoados pelas fontes produtoras dos dados. Assim, foram revistos os dados de anos anteriores também, já que em 2005, originalmente, o Brasil figurava na 63ª posição da lista, tendo sido revisada pela nova metodologia para a 68ª.Como a Belarus (antiga Bielo-Rússia) obteve um resultado melhor que o Brasil no atual estudo, houve a mudança de posições.Segundo informa o Pnud, o IDH brasileiro avançou, passando de 0,788 em 2003 para 0,792 em 2004, resultado que mantém o país entre as 83 nações de médio desenvolvimento humano (com IDH entre 0,500 e 0,799). Assim o país fica fora do grupo de 63 nações de alto desenvolvimento humano, liderado.Dos três indicadores básicos que são referência para o cálculo do IDH, o Brasil registrou avanços em dois (longevidade e renda), e manteve-se estável no segmento da educação. Treze países da América Latina e do Caribe têm desempenho superior ao brasileiro, entre eles México (53º lugar no ranking, IDH de 0,821), Cuba (50º no ranking, IDH de 0,826), Uruguai (43º no ranking, IDH de 0,851), Chile (38º no ranking, IDH de 0,859) e Argentina (36º no ranking, IDH de 0,863), de acordo com o Pnud. Abaixo do Brasil na lista estão outras 17 nações da região, como Venezuela (72º, IDH de 0,784), Peru (82º, IDH de 0,767), Paraguai (91º, IDH de 0,757), Jamaica (104º, IDH de 0,724) e Haiti, o pior da América Latina e do Caribe (154º, IDH de 0,482). Noruega em primeiroOs noruegueses são o povo mais privilegiado do planeta, segundo o ranking do Pnud. Já o Níger, na África, aparece como o país com as piores condições para se viver."Os noruegueses são mais de 40 vezes mais ricos do que os cidadãos do Níger, vivem quase duas vezes mais e têm uma taxa de matrícula quase universal nos ensinos primário, médio e terciário, comparada com uma taxa de matrícula de 21% no Níger", diz o relatório.O Relatório de Desenvolvimento Humano, apresentado hoje na Cidade do Cabo (África do Sul) pelo Pnud, organismo que elabora desde 1990 o ranking, mostra novamente a lista liderada pela Noruega e fechada pelo Níger.O documento avalia a situação de 177 países ou territórios distribuídos em três grupos, de acordo com seu nível de desenvolvimento humano: alto, médio e baixo. O Brasil está no grupo intermediário.O IDH é calculado a partir de três taxas: uma de educação, que leva em conta tanto as matrículas quanto o analfabetismo; uma de saúde, calculada pela taxa de longevidade; e uma de renda per capita em dólares segundo o poder de compra, que permite comparações internacionais. O Pnud afirma que a riqueza não necessariamente gera maior desenvolvimento humano. Os americanos, por exemplo, são os segundos mais ricos do mundo, depois dos luxemburgueses, mas ocupam o oitavo lugar no ranking do IDH."Uma das razões —acrescenta o documento— é que a esperança de vida média (nos EUA) é de três anos a menos do que na Suécia, país cuja renda média é um quarto mais baixa".Os dez países mais bem colocados no ranking são, nesta ordem: Noruega; Islândia; Austrália; Irlanda; Suécia; Canadá; Japão; Estados Unidos; Suíça; e Holanda. No fim do ranking estão países da África Subsaariana. Começando pelo último lugar, as nações com o pior desenvolvimento humano são: Níger; Serra Leoa; Mali; Burkina Fasso; Guiné-Bissau; República Centro-Africana; Chade; Etiópia; Burundi; e Moçambique.Dos 31 países com IDH mais baixo, 29 são da África Subsaariana. Os outros dois são o Iêmen, no 150º lugar, e o Haiti, no 154º.Em seu relatório deste ano, o Pnud aponta que, em quase todas as regiões, todos os países aumentaram seus níveis de desenvolvimento humano, mas "a África Subsaariana é a principal exceção"."Desde 1990, seu progresso estagnou-se, em parte devido ao retrocesso econômico, mas, principalmente, devido às catastróficas repercussões do HIV/Aids sobre a esperança de vida", acrescenta o relatório.No relatório deste ano, o Pnud aborda não apenas as desigualdades no mundo, mas também as existentes dentro de cada país, pelo menos nas quinze nações nas quais havia dados suficientes para fazer a análise.O estudo assinala que em países como Bolívia, Nicarágua e Áfirca do Sul, as diferenças entre o desenvolvimento humano dos 20% mais ricos e dos 20% mais pobres são extremamente altas, muito acima das desigualdades internas nas nações mais ricas."Os 20% mais ricos da população da Bolívia ficariam dentro do grupo de desenvolvimento humano alto, junto à Polônia, enquanto os 20% mais pobre ficariam em um nível comparável ao da média do Paquistão", diz o texto...(Com informações da agência EFE)...http://www.selvaviva.zip.net, http://www.brasiline.zip.net, http://www.amazoniaviva.zip.net

0 Comments:

Post a Comment

<< Home