INCOR recebeu R$ 681,3 milhões da União nos últimos doze anos
A União tem feito a sua parte em relação à crise do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor). Nos últimos doze anos diversos órgãos federais repassaram, em valores atualizados, R$ 681,3 milhões à Fundação Zerbini, mantenedora do Incor. Ainda assim, a situação do hospital, considerado o maior instituto público de cardiologia da América Latina, é extremamente complicada. A Fundação, que administra o hospital, apresenta problemas junto ao Cadastro de Créditos não Quitados (CADIN) e à Receita Federal. O lançamento da inadimplência no CADIN, em 2 de maio de 2006, foi feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As aplicações da União na Fundação acontecem há muitos anos, em vários governos. Nos últimos cinco anos os repasses da Câmara dos Deputados e do Senado Federal priorizaram a construção de um Posto Avançado do Incor em Brasília. A explicação para tal investimento se deve, em parte, ao conceito difundido no DF desde a morte do Tancredo Neves. Considerando que a qualidade do atendimento médico de Brasília deixava a desejar, as autoridades governamentais resolveram por fim ao ditado popular que “o melhor médico de Brasília era a ponte-aérea”. O resultado surgiu com a inauguração do Incor-DF.
As transferências da União à fundação, no entanto, ocorrem por diversas finalidades. Vários órgãos federais repassam valores altos à Fundação, desde o Fundo Nacional de Saúde, para o fortalecimento do SUS, até o popular “Fome Zero”. O Fundo Nacional de Saúde firmou diversos convênios com a Fundação Zerbini à título de apoio financeiro para a manutenção do Incor, incluindo custeio, manutenção, reforma e reaparelhamento. A Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que comandava o conhecido “Fome Zero”, transferiu em 2003 à Fundação Zerbini R$ 3,2 milhões para o desenvolvimento de um sistema que implantaria ações voltadas à segurança alimentar e à melhoria da qualidade de vida das comunidades carentes. Entre os órgãos concedentes aparece a Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, empresa estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que concedeu R$ 3,2 milhões à Fundação em 2004 para “Estudo Multicênico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatas”. A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica também colaborou com a Zerbini investindo em cursos de capacitação profissional um total de R$ 1,2 milhão. Um convênio da Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde celebrado em 2005, no valor de R$ 1,5 milhão, para a aquisição de equipamentos e materiais permanentes sequer foi pago ainda.. A crise do Incor é , atualmente, tratada com relevância. O Ministro Guido Mantega em entrevista à imprensa, relembrou como uma das causas das da fundação um empréstimo feito ao Incor no fim dos anos 90. Tratava-se de um programa especial de financiamento criado pelo governo para construção e compra de equipamentos de hospitais voltado para o Incor e Santas Casas, entre outras instituições. "Esse financiamento foi feito em dólares, pois essa era a determinação da época. A desvalorização cambial fez com que esse empréstimo se agigantasse e se tornasse impagável", disse.O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinou no último domingo, que fosse encontrada no período de 48 horas uma solução para o problema financeiro do Incor. A situação só não é pior porque os funcionários evitam, até o momento, uma possível greve. O diretor-executivo do Incor, David Uip afirma: "...estamos longe de equacionar a situação”.Caroline Bellaguarda (Contas Abertas)................http://www.amazoniaviva.zip.net/, http://www.brasiline.zip.net, http://www.selvaviva.zip.net
As aplicações da União na Fundação acontecem há muitos anos, em vários governos. Nos últimos cinco anos os repasses da Câmara dos Deputados e do Senado Federal priorizaram a construção de um Posto Avançado do Incor em Brasília. A explicação para tal investimento se deve, em parte, ao conceito difundido no DF desde a morte do Tancredo Neves. Considerando que a qualidade do atendimento médico de Brasília deixava a desejar, as autoridades governamentais resolveram por fim ao ditado popular que “o melhor médico de Brasília era a ponte-aérea”. O resultado surgiu com a inauguração do Incor-DF.
As transferências da União à fundação, no entanto, ocorrem por diversas finalidades. Vários órgãos federais repassam valores altos à Fundação, desde o Fundo Nacional de Saúde, para o fortalecimento do SUS, até o popular “Fome Zero”. O Fundo Nacional de Saúde firmou diversos convênios com a Fundação Zerbini à título de apoio financeiro para a manutenção do Incor, incluindo custeio, manutenção, reforma e reaparelhamento. A Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que comandava o conhecido “Fome Zero”, transferiu em 2003 à Fundação Zerbini R$ 3,2 milhões para o desenvolvimento de um sistema que implantaria ações voltadas à segurança alimentar e à melhoria da qualidade de vida das comunidades carentes. Entre os órgãos concedentes aparece a Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, empresa estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que concedeu R$ 3,2 milhões à Fundação em 2004 para “Estudo Multicênico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatas”. A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica também colaborou com a Zerbini investindo em cursos de capacitação profissional um total de R$ 1,2 milhão. Um convênio da Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde celebrado em 2005, no valor de R$ 1,5 milhão, para a aquisição de equipamentos e materiais permanentes sequer foi pago ainda.. A crise do Incor é , atualmente, tratada com relevância. O Ministro Guido Mantega em entrevista à imprensa, relembrou como uma das causas das da fundação um empréstimo feito ao Incor no fim dos anos 90. Tratava-se de um programa especial de financiamento criado pelo governo para construção e compra de equipamentos de hospitais voltado para o Incor e Santas Casas, entre outras instituições. "Esse financiamento foi feito em dólares, pois essa era a determinação da época. A desvalorização cambial fez com que esse empréstimo se agigantasse e se tornasse impagável", disse.O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinou no último domingo, que fosse encontrada no período de 48 horas uma solução para o problema financeiro do Incor. A situação só não é pior porque os funcionários evitam, até o momento, uma possível greve. O diretor-executivo do Incor, David Uip afirma: "...estamos longe de equacionar a situação”.Caroline Bellaguarda (Contas Abertas)................http://www.amazoniaviva.zip.net/, http://www.brasiline.zip.net, http://www.selvaviva.zip.net
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