Monday, February 11, 2008

"Esteira de Turbulência": Pilotos do Aerolula receberam mais de R$ 1,5 milhão em 200

Os três pilotos do avião oficial da Presidência, mais conhecido como Aerolula, receberam R$ 1,5 milhão no ano passado a título de diárias e suprimento de fundos com despesas aeroportuárias. As despesas foram pagas por uma conta tipo B, e não com cartões corporativos. O mecanismo funciona praticamente da mesma forma, só que os servidores públicos recebem o dinheiro antes de efetuarem o gasto para posterior pagamento. Os pilotos são: Daniel Simões da Veiga, Ivan Moyses Ayupe e Robson Roger Garcia Tavares de Melo.O Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) não traz informações sobre as prestações de contas dos mencionados funcionários, os quais podem ter até devolvido parte das quantias.
Veiga teve R$ 626 mil para cobrir despesas aeroportuárias e diárias. Para uma viagem presidencial a Suíça entre os dias 24 e 31 de outubro de 2007, por exemplo, ele recebeu, por meio de suprimento de fundo, R$ 160,6 mil para cobrir despesas de comissão aérea em viagem presidencial a Suíça. Entre 30 de junho e cinco de julho, recebeu R$ 122,5 para uma viagem presidencial a Bélgica. Já as despesas com viagens e diárias de Melo somam R$ 457,6 mil. Desses, R$ 166,3 mil foram recebidos para pagar despesas de uma viagem presidencial a Espanha e a Suécia em setembro do ano passado. Em junho, ele recebeu R$ 81,6 mil para pagar uma viagem do mesmo tipo ao Marrocos.
Ayupe, o que menos recebeu verba dos três, teve R$ 369,5 mil para cobrir dispêndios com despesas aeroportuárias e hospedagem. No entanto, apenas em uma viagem a Berlim, na Alemanha, o piloto recebeu R$ 151,9 mil. As diárias de maior valor recebidas por ele foram reservadas em maio e junho de 2007 em hotéis na Alemanha e na Inglaterra, R$ 5,7 mil.
CONTROLADORIA
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), os recursos foram utilizados para o pagamento de despesas em aeroportos. Ressalvou, porém, que a fiscalização desses gastos cabe aos órgãos de controle da Presidência e que só faria auditoria das despesas se houvesse pedido do órgão.O cientista político Antônio Flávio Testa acredita que a forma contratual dos gastos dos pilotos deveria ser analisada e, assim, esclarecida. Esse ponto, segundo ele, responderia a pergunta “por que receberam tanto?”. No entanto, Testa afirma que não se pode desmerecer o mérito e o valor de mercado da hora técnica de profissionais dessa qualificação. “É preciso esclarecer a relação jurídica dos pilotos com o governo e informar a população sobre isso. Quanto ao montante dos contratos, depende do valor que o mercado pagaria a esse tipo de profissionais”, diz.Testa defende que a administração pública deveria ter mais transparência com os seus gastos. Segundo ele, a sociedade tem que aguardar um desfecho das promessas do governo e do Congresso de aumentar a transparência. “É fundamental que os chefes dos Três Poderes tenham verbas de representação, quando em atividade profissional. O problema central está em definir a forma como os gastos poderão ser feitos. O limite dos gastos e sua legitimidade. A transparência é, hoje, um valor democrático, e tem que ser respeitado”, conclui.A/J (veja a lista completa dos gastos no http://www.contasabertas@uol.com.br) Leia mais nos links: http://www.brasiline.zip.net, http://www.amazoniaviva.zip.net, http://www.agloborondonia.blogspot.com

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