Polícia Federal investiga esquema de fraude no INSS

A Polícia Federal (PF) no Amazonas investiga um novo esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado. De acordo com a polícia, o esquema consiste em pessoas doentes fazendo a perícia médica no lugar de interessados a benefícios como o auxílio-doença. As informações são do delegado federal da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev), Josafá Batista Reis. Segundo o delegado, os indícios de fraude surgiram nos depoimentos dos suspeitos presos durante a operação ‘Hígia’ e também pelas provas recolhidas na ação. A operação ocorreu no final de fevereiro, quando dez suspeitos, sendo quatro médicos, dois servidores do INSS e quatro pessoas consideradas ‘agenciadoras’ foram presas, suspeitas de serem líderes de um esquema criminoso. O exame médico é obrigatório para quem vai solicitar um benefício na previdência. Com a fraude, segundo o delegado, o diagnóstico da pessoa doente, é colocado na ficha do futuro beneficiário. A Deleprev está investigando o grau de participação dos envolvidos.

OPERAÇÃO CONSTATA FRAUDES

Na operação ‘Hígia’, as investigações apontaram que 43 pessoas estavam sendo beneficiadas financeiramente, com rendimentos de até R$ 2,5 mil, por mês, após obterem, por meio de fraude, auxílios-doença e aposentadorias por invalidez no INSS, no Amazonas.
ATESTADOS MÉDICOS FALSIFICADOS

Em um ano, o esquema, descoberto pela PF do Estado causou um prejuízo de cerca de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos federais. De acordo com o delegado, a quadrilha falsificava atestados médicos, exames e laudos, com o objetivo de obter, ilegalmente, auxílios-doença e aposentadorias por invalidez. Crimes similares teriam sido praticados também em Rondônia e Acre, estados constantemente saqueados por quadrilhas de fraudadores e narcotraficantes suspeitos de associação com integrantes das forças policiais e outros agentes públicos corruptos.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Soma-se aos indícios de eventuais ilícitos uma greve na procuradoria do INSS, que tem prejudicado a tramitação de centenas de ações trabalhistas na sempre lenta Justiça do Trabalho.

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