PROCURADORIA DA REPÚBLICA/MPF-RO INTERVÉM E INDÍGENAS PERMITEM RETORNO DAS ATIVIDADES DA FUNASA
****Índios vão aguardar em Porto Velho chegada de representantes da Sesai/Brasília

Tentando mediar a situação desde a semana passada o MPF interveio e convocou algumas lideranças do movimento e representantes dos Conselhos de Saúde Indígena para reunião na Procuradoria em 4 de maio. Na ocasião foram registradas inúmeras reclamações referentes às deficiências nas ações de saúde realizadas sob a responsabilidade da chefe do Distrito de Saúde Especial Indígena, como o falecimento de uma indígena gestante por negligência no atendimento.
O procurador da República Heitor Alves Soares reuniu-se novamente com os indígenas em 5 de maio e os acompanhou até à Funasa. Constatou a precariedade em que estavam os indígenas e garantiu que a ocupação não era a melhor opção para reivindicar seus direitos, informando-os ainda que a procuradoria da Funasa já havia solicitado judicialmente a retirada dos indígenas do local.
Após reunião com os indígenas, o procurador solicitou à Justiça Federal uma audiência de conciliação, que foi convocada pelo juiz Herculano Martins Nacif, da 5º Vara Federal, que foi determinante para estabelecer um acordo, antes de julgar o pedido de liminar feito pela Funasa para determinar o uso da força judicial para desocupar o prédio.
Durante a audiência, realizada ontem, 9 de maio, os índios foram acompanhados pelo Ministério Público Federal, que tem a atribuição constitucional de defender em juízo os direitos e interesses das populações indígenas e também pelos advogados que representam as etnias.
Na audiência ficou acordado que os indígenas vão permanecer na área externa e no auditório da Funasa e irão permitir o retorno das atividades do órgão. A permanência será até 16 de maio, quando chega em Porto Velho uma comissão da Secretaria Especial de Saúde Indígena - Sesai -, do Ministério da Saúde, para elaborar um diagnóstico da saúde indígena em Rondônia.
O procurador da República Heitor Alves Soares garantiu durante a audiência que o MPF vai acompanhar a situação dos indígenas e também requerer os pleitos junto à própria Justiça Federal, mediante o ajuizamento de ações cabíveis, caso não haja atendimento por parte da Sesai.
Fonte: MPF/RO (www.prro.mpf.gov.br)
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