MPF/RO INSTAURA INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO E COMEÇA INVESTIGAR INSS E OUTROS ÓRGÃOS PÚBLICOS FEDERAIS EM RONDÔNIA
Um inquérito civil
público foi instaurado no Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) para
apurar reclamações de cidadãos sobre mau atendimento por parte dos órgãos
públicos federais. O procurador da República Reginaldo Trindade pretende que
essas instituições adotem medidas preventivas, eficazes e concretas para
aperfeiçoar o atendimento ao cidadão.
Todos os órgãos e
repartições públicas federais de Porto Velho - inclusive tribunais federais
(Justiça Federal, Eleitoral e Trabalhista) e Ministérios Públicos (Federal e do
Trabalho) - deverão informar ao MPF/RO se possuem ouvidoria ou setor específico
para receber as reclamações dos cidadãos contra eventuais casos de mau
atendimento no órgão.
As instituições devem,
ainda, esclarecer sobre o destino que é dado às reclamações dos cidadãos contra
mau atendimento na repartição (quem decide; o que é feito a partir daí; se o
cidadão é cientificado dos encaminhamentos adotados; se os casos particulares
são aproveitados, de algum modo, para aperfeiçoamento do serviço público e em
que medida isso ocorre; se o atendimento é pessoal ou através de call center
etc.).
Os órgãos públicos
federais também devem informar sobre a existência de programas permanentes e
regulares de capacitação de pessoal, inclusive que contemplem os terceirizados
e estagiários, para atendimento ao público.
Favorecimento
Favorecimento
O MPF/RO tem recebido
reclamações de cidadãos quanto a tratamento não condizente no Instituto
Nacional da Seguridade Social (INSS). Em um dos casos há referências a
favorecimento de pessoas mais abastadas. Neste caso, há uma investigação
específica em andamento.
“O INSS não é um caso
isolado. Há muitas reclamações sobre o atendimento nos órgãos públicos e por
isto vamos apurar o que cada um tem feito para melhorar o atendimento. O
próprio MPF/RO precisa aperfeiçoar o atendimento que dispensa aos usuários”,
afirmou o procurador. O inquérito civil público que apura o tratamento aos
cidadãos foi instaurado em caráter de prioridade.
Reginaldo Trindade
aponta que dentre as causas do mau atendimento podem estar a ausência de
treinamento de pessoal encarregado de fazer o atendimento ao público; a não
adoção de postura firme e intolerante dos responsáveis em face dos casos
noticiados; e a pouca importância que o tema desperta nos gestores públicos.
“O mau atendimento nas
repartições pode, em última análise, configurar improbidade administrativa,
pela inobservância dos princípios e normas que regem a atuação dos agentes
públicos federais; sem falar da possibilidade, sempre presente e demasiadamente
enfatizada nas leis federais, de pagamento, pela União, de indenizações por
danos morais, gerando prejuízo ao patrimônio público federal; e, por
conseguinte, sendo imperiosa a necessidade de se adotar medidas preventivas,
efetivas e concretas para aperfeiçoamento dessa tão importante atividade de
interesse de todos os integrantes da sociedade”, argumentou Trindade.
Confira a íntegra da
portaria que instaurou o inquérito civil no endereço http://goo.gl/UbF5r .
Fonte: MPF/RO
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