TRE-RJ cria grupo para garantir segurança de candidatos

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Roberto Wider, afirmou no fim de tarde desta terça-feira (29/07) que criou um grupo de trabalho com representantes das autoridades de segurança do Estado para atender a candidatos que solicitem ajuda para realizar campanha em comunidades carentes. Wider participou de uma reunião com o secretário estadual de segurança Pública, Jospe Mariano Beltrame, e o superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, para discutir a criação de uma força-tarefa que garanta a segurança das eleições na cidade.
ESTADO DE EXCEÇÃO
Segundo o presidente do TRE, as medidas não vão visar confrontos entre policiais e possíveis traficantes ou milicianos. "Não é um trabalho de confrontos. Não estamos em um estado de exceção. É uma questão que necessita do trabalho do Estado".
TSE
Wider garantiu ainda que a PF receberá na semana que vem um reforço no seu contingente para investigar irregularidades nas eleições do Rio de Janeiro. Ele irá a Brasília amanhã se reunir com o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, para discutir o assunto. "Vamos analisar o que eles têm a oferecer, mas eu afirmo que os candidatos que precisarem (entrar em comunidades dominadas por grupos criminosos) vão solicitar as autoridades de segurança e serão atendidos, caso necessário", disse.
TIPICIDADES ILÍCITAS
O presidente do TRE declarou que recebeu vários levantamentos de inteligência do Estado e que também levará esses dados a Brasília. O superintendente da PF informou que foram identificados candidatos a vereador e a prefeito que cometem crimes eleitorais. Ele garantiu que a PF tem a função de "polícia eleitoral" e que a atual situação não requer ajuda do Exército ou da Força Nacional de Segurança.
FORÇA NACIONAL
Na semana passada, o ministro da Justiça, Tarso Genro, colocou à disposição do TRE-RJ a Polícia Federal e a Força Nacional para ajudar no problema. O presidente do TRE, Roberto Wider, marcou uma nova reunião para o dia 15 de agosto, quando serão analisados os trabalhos do grupo recém criado.
FAVELA DA ROCINHA
Traficantes e milicianos estariam pressionando eleitores a votarem em determinados candidatos e impedindo a entrada de outros em comunidades carentes. A Polícia Civil encontrou uma carta em que o suposto traficante Nem pede que a comunidade da Rocinha vote no candidato defendido por ele, além de proibir que a população realize festas ou convide outros candidatos para entrar na comunidade.
Fonte:Daniel Gonçalves, do http://www.terra.com.br, no Rio de Janeiro

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